Santa Rita de ontem
Terra aonde nasci
Na fazenda Patrocínio
Perto as margens dum rio
Conhecido por Zaberdia
Um clima bastante frio.
Hoje falo de uma escola
Que está fazendo sucesso
Na cidade de Santa Rita
Aqui só tem progresso
É de muita utilidade
Pela sua qualidade
Capitão Tomaz Panta
Foi o nome que ganhou
Em homenagem a um Senhor
Que nos deu segurança.
Graças aos diretores
Sob a gestão dos Pantas
Também aos professores
São de muita confiança
A secretária de educação
Conduz com muita união
Na pessoa da Dra Edilene
Busca o melhor pra escola
Com muito amor controla
Só sai no toque da sirene
Nossa diretora Claudiana
Pessoa muito esforçada
Faz um trabalho bacana
Durante essa jornada
Todo mundo está vendo
A escola vem crescendo
Na sua administração
Juntos com os professores
Também os coordenadores
São o motivo da evolução.
Formam grande gestão
Coronel Pedro e Patrícia
Militar e civil na função
Andam em cima da risca
Sem deixar colegas pra trás
Os monitores oficiais
Freire, Cavalcante e Formiga
Luciano, Sarinho e Santo
São guerreiros atuantes
Todos são duros na briga
Já falei do presente
Agora fala do passado
Do prefeito Antônio Morais
Um nome de qualidade
Casado com Dona Ivone
Filha da mesma cidade.
Santa Rita de seu Odon
Da linda rua São João
Lugar da sua farmácia
Aonde vivia de plantão
Atendendo seus clientes
Fazendo sua manipulação.
Santa Rita terra amada
Por seu Antônio Viégas
Sempre viveu da fotografia
Naquele tempo do brega
As fotos preto e branco
Mas era certo na entrega
Quem quisesse conhecer
A história de Santa Rita
Procurasse seu Viégas
Ele era um bom artista
Contava tim tim por tim tim
Tudo em cima da risca
Conhecia seu Edson
Homem bom de cabeça
Dono de uma farmácia
Curava até enxaqueca
Era igual a um doutor
Tinha memória fresca.
Conheceu João Jeremias
Falava de Egídio Madruga
Falava de Heraldo Gadelha
Falava a história das chuvas
Que enchia o Rio Paraiba
Trazendo muitas sanguessugas.
Sabia tudo dessa cidade
Falava de Antônio Teixeira
O prefeito de Santa Rita
Amigo de Zé de Oliveira
Dono de uma mercearia
Bem no pátio da feira .
De 1965 a 69
Passei ali muitas vezes
Na ferragem de Civaldo
Aonde meu tio era freguês
Comprava balas para o revolver
Nas últimas semanas do mês.
Falava de Antônio Teimoso
E Marcos Odilon Ribeiro
Um bom prefeito na cidade
Trabalhador e hospitaleiro
Construiu casas populares
Pra o povo de pouco dinheiro.
Lembrou Raimundo Furtado
Por ser um bom dentista
Também tinha ferragem
Era um bom especialista
Fazia prótese dentária
Para o povo de Santa Rita.
Santa Rita de ontem
Terra de Odilon Ribeiro
Um deputado atuante
Também muito guerreiro
Sempre lutou por Santa Rita
Onde era seu seleiro.
Falava da Usina Santa Rita
Falava da Usina São João
Também da Usina Santana
Aonde o povo ganhava o pão
Tinha empregos pra todos
Da nossa querida região
O dono da Usina Santa Rita
Era Dr Flávio Ribeiro
O dono da Santana
Era Flaviano Irmão dele
E o da Usina São João
Dr Renato era herdeiro,
Falava de Francisquinha
Antônio da perfumaria
Os dois negociavam
Com remédio e bijuterias
De onde tiravam o sustento
Para manter suas crias
Já falei da classe média
Agora falo dos mais pobres
A família dos Cardosos
Gente do coração nobre
Que muito trabalhavam
Para ganhar pouco cobre.
O povo dos Moreiras
E o povo dos Ribeiros
Trabalhavam no campo
Em busca do dinheiro
Sempre foram honestos
E sobretudo guerreiros.
Lembro de seu Juvenal
Um Homem trabalhador
E de seu irmão Aprígio
Deixaram seu povo na dor
Viajaram pra comprar baleia
No caminho o carro virou
lembro Severino Cavalcante
Era o cara da charque
Também vendia baleia
Homem de média classe
De uma família maravilhosa
Gostava do seu caráter
Lembro o colégio João Úlcero
Na chegada de Santa Rita
Quando passava na calçada
Achava a escola bonita
Dava vontade de estudar
Para ser melhor cordelista.
Lembro do cinema São João
Lembro do cinema Avenida
Bem pertinho da matriz
Fazia parte da minha vida
Quando assistia meus filmes
Com meus amigos e amigas.
Lembro do mestre Rodolfo
Trabalhava na Santana
Era chefe da manutenção
Quando a usina moía cana
Não tirava nem folgas
Nos finais de semanas
Lembro de Zé Anorato
Que cuidava do açúcar
Lembro de Paulo Gomes
Seu irmão tirava ticuca
O gerente Nequinho amarelo
Seu Jeep era força bruta.
Lembro o amigo Zequinha
Homem de bom coração
Morava na primeiro de maio
Antiga rua da viração
Comprava carne de baleia
E trazia no seu caminhão.
Lembro do Capitão Panta
Delegado de Santa Rita
Quando a cidade tinha paz
Andava em cima da risca
Era um tempo de respeito
Não existia tanta malícia.
Lembro um certo dia
Um caso que aconteceu
Um cara chamado Tilô
Não respeitava nem Deus
Vivia sem trabalhar
Bebia só para perturbar
Só fazia coisa errada
Arrumou uma confusão
Brigou com meu irmão
Saiu de cabeça lascada.
Foi logo pra Santa Rita
Falou com Capitão Panta
Meu irmão foi intimado
Ainda tenho lembrança
Passou na Usina pra avisar
Porque não ia trabalhar
Recebeu uma intimação
Raul perguntou o motivo
O delegado é meu amigo
Vai atender minha versão
Escreveu um bilhete
Mandou por meu irmão
Entregue a Capitão Panta
Vai saber quem tem razão
Quando pegou que leu
Disse graças a Deus
Já tenho uma solução
Prendeu Tilô arruaceiro
E falou pra José Ribeiro
Volte para sua função.
Aqui quero agradecer
Toda gestão da escola
Foi com grande prazer
Que contei esta história
E minha filha Verônica
Quando foi muito franca
Por me trazer até aqui
Pra conhecer essa escola
Tive mais uma vitória
Que me deixou a sorrir.
