Nossa mãe natureza
Tem muita desenvoltura
Os ditados popular
Vêm das próprias criaturas
Água mole em pedra dura
Tanto bate até que fura.
Vou contar outro ditado
Parece coisa de louco
Atenção meus ouvintes
Quero refrão de troco
Sempre alegria de pobre
É coisa que dura pouco.
Sou um autor popular
Só afirmo o que sei
Povo é quem diz
Este ditado é freguês
Em terra de cego
Quem tem um olho é rei,
Este verso eu já sabia
É coisa que não me atrasa
Faço em rima de cordel
Desculpam minhas palavras
Pra falar de roupa suja
Primeiro lave a de casa.
Faço rima de cordel
Para meu povo querido
Todos gostam de escutar
Não ofende os ouvidos
Quem com o ferro fere
Com o mesmo é ferido.
No universo dos ditados
O povo estão amando
Más um para o púbrico
Ficar alegre cantando
Mais vale um na mão
Do que dois vuando.
Se você não tem saúde
Sua ideia se inflama
Mas tem alguém esperto
Leva pra ele o programa
O papagaio come o milho
O periquito leva a fama.
Outro didado do povo
O poeta todo dia canta
Hoje você tá sofrendo
Cuide de sua garganta
Escutava meu pai dizer
Quem canta os mares espanta.
Para o público presente
Brinco com meus cordeis
Já ouvia quando criança
E apresentos nos papeis
Diz com quem tú anda
Que direi que,tú és
Faço a vontade do povo
Nunca caio no fracasso
Nesse verso brincalhão
Não falta nenhum pedaço
Bicando de grão em grão
A galinha enche o papo.
Esse outro é engraçado
Subo mais um degrau
Todo mundo já ouviu
Vou dar mais um grau
Em casa de ferreiro
Os espetos são de pau.
A coisa ficou feia
Mas em Deus tenho fé
A esperança me mantém
Sempre firme e de pé
Dizem que filho de peixe
Sempre peixinho é.
Esse meu caro ouvinte
falo de amor e união
Com elas nunca vamos
Entrar em contradição
Só uma andorinha
Não pode fazer verão.
Já fiz tantos cordeis
Que já perdi a soma
Escrevo sempre sorrindo
Não me dar nenhum aroma
Já ouvi muito este ditado
Quem tem boca vai a Roma.
Digo que meus cordeis
São meu grande tesouro
Também digo que o poeta
Veserja com estouro
A palavra pode ser de prata
Mas o silêncio é de ouro.
Meu tempo de criança
Gostava de ouvir repente
Rima era como eu ganhar
Os melhores presentes
Quando o cavalo é dado
Nunca se olha os dentes.
Esse ditado porém
Falo de ouro e prata
Pois quem é esperto
Não diz quanto gasta
Para quem entende
Meia palavra basta.
Esse todos conhecem
É um famoso ditado
Está vivo até hoje
Porque é do nosso agrado
É melhor andar sozinho
Do que mal acompa nhado.
Procuro meu jeito
Para armar meu laço
Pode ser estranho
E causar embaraço
Faça o que eu mando
Mas não faça o que eu faço.
O que passou já passou
Saiu do meu caminho
Vivo com muita alegria
Paz, amor e carinho
Porque águas passadas
Não movem meu moinho
Este cordel meu amigo
Quero falar de amizade
Rima nunca combina
Com palavra falcidade
Porque quem semeia vento
Sempre colhe tempestade.
Ditado é comparação
É do povo esse relato
Das experiências vividas
Daquele povo pacato
Quando não temos cão
A gente caça com gato.
Gostaria que o povo
Me dessem a resposta
Quando escutam meus cordeis
Vocês gotam ou não gostam
No rio que tem piranha
Jacaré anda de costa.
Já me aconteceu
Me assustar e dar grito
Só poque não escutei
A oração de São Benedito
Quando a boca tá fechada
Nela não entra mosquito.
Faço meus cordeis
Toda em rima a poesia
É meu passa tempo
A tarefa do dia dia
Quando a esmola é grande
Logo o cego desconfia.
Não contem comigo
Para fazer seu programa
Quem avisa amigo é
Aonde tem fogo tem chama
Todo homem tem seu preço
Quem não chora não mama.
Faço minhas estrofes
Pouca gente dar valor
Já não gostam de poesias
Gostam mesmo de computador
Sempre um dia é da caça
O outro é do caçador.
Nos ditados popular
A minhas estrofes arrasa
Quem não deve não teme
Com fé nada me atrasa
Vaso ruim não quebra
Porém quem casa quer casa.
Quem espera sempre alcança
De esperar meu pai morreu
Mal notícia chega logo
Principalmente do plebeu
Devagar se vai a longe
A voz do povo é a voz de Deus.
O cão que late não morde
De longe sente o faro
Dai a César o que é de César
Um ditado muiuto claro
Onde tem fumaça tem fogo
O barato as vezes sai caro.
Antes tarde que nunca
Quero sempre me lembrar
A união faz a força
Aqui e em qualquer lugar
Amor com amor se paga
Hoje a cobra vai fumar.
O peixe morre pela boca
Sem fazer reviravolta
Deus é muito competente
Escreve certo por linhas tortas
Pra baixo todo santo ajuda
O bom filho a casa volta.
Há mal que vem por bem
Eu nunca me atrapalho
Só escrevo a verdade
Valorizo meu trabalho
O que não mata engorda
Cada macaco em seu galho.
Há noite que não durmo
Tenho muito pesadelo
Sonho morrendo afogado
Quando vou pra Cabedelo
Quem vive em terra de sapo
Fique de coca com ele.
Nem só do pão vive o homem
Dinheiro de pobre não rende
Gôsto não se descutem
Isso o povo já intende
Os últimos são os primeiros
Só perguntar não ofende.
Se vocês caros ouvintes
Lembram de outros ditados
Então coloquem em versos
Mas que sejam bem rimados
Sejam bricalhões tambẽm
Desse cordel encantado.
Minha vida é escrever
Amo fazer cordel
Na minha adolescência
O mundo foi muito cruel
Sempre fui prisioneiro
Não pude execer meu papel.
Roupas só tinha duas
Não minto falo verdade
Era bobo e muito tímido
Foi a minha qualidade
Inveja eu não tinha
Adoro fazer amizade.
Ò Deus todo poderoso
Livrai-me de todo mal
Irei sempre te amar
Não gosto de carnaval
Estarei sempre afastado
Intriga não levo a vantis
Rezo pra ficar destantes
Amenizando meus pecados..
