A melhor das viagens
Que fiz na minha vida
Foi pra Brejo de Areia
Cidade bela e ativa
Terra das mungubas
E uma gostosa brisa.
As 06 e 40 da manhã
Recebi uma ligação
Da professora Nelita
Para minha atenção
Tá na hora sr. Manoel
Eu já estava de prontidão,
Quando o ônibus chegou
Já estava esperando
Moça atrazou um pouco
Mas foi logo chegando
Foi só entrar no ônibus
Fomos logo viajando.
Fomos para Lucena
Pegar o resto da turma
As nuvens estava carregadas
O tempo era de chuva
Peguei o meu brusão
Botei por cima da brusa.
Chegamos em Lucena
Por volta das 8;00 horas
Começou entrar no ônibus
Umas lindas senhoras
Eram nossas professoras
Responsáveis pela história.
Paramos em Lerolândia
Para pegar uns pessual
Eram moças e rapazes
Uma turma muito legal
Já estavam esperando
Foram muito pontual.
Nossa segunda parada
Foi numa cidade bacana
De nome Alagoa Grande
Um lugar de muita cana
Primeiro visitamos a igreja
Foi todos da caravana.
Andamos muito na cidade
Gastamos pouco dinheiro
Visitamos o Memorial
De Jackson do Pandeiro
Cidade aonde nasceu
Foi um grande brasileiro.
Data do seu nascimento
Foi em 1919
No dia 31 de agosto
Mas foi uma criança sem sorte
Muito jorvem perdeu seu pai
Foi traído pela morte.
José Gomes da Silva
Seu nome verdadeiro
Conhecido como artista
Por Jackson do Pandeiro
Mudou-se pra C. Grande
Depois para o Rio de Janeiro.
Tocava violão e pandeiro
Também tocava bateria
Com 35 anos
Teve grande alegria
Gravou seu primeiro sucesso
Sebastiana foi a melodia
Depois gravou limoeiro
Composto por Edgar
Em seguida mulher do Anibal
Um-a um e vou Gargalhar
Conhecido como o rei do ritmo
No Brasil em todo lugar.
Morreu em 1982
Em Brasília Dist. Federal
O caso da sua morte
Embolia pulmonar cerebral
No dia 10 do mês de agosto
Deu seu suspiro final.
Deixando avida de Jackson
Com seu lindo passado
Para falar de Brejo de Areia
Aquela linda cidade
Terra de José Américo
E cachaça de qualidade.
Terra de senhores de engenhos
Donos dos negros escravos
Aonde tinha forca
Pra matar enforcado
E aonde os namorados
Só pegavam nas mãos depois de casados.
A primeira visita em Areia
Foi em um lugar engraçado
No museu José Américo
Onde tinha um belo quadro
Foi pintado a 140 anos
Os pincéis ainda estão guardado.
Tem um banco na sala
Era o lugar de namorar
Tem lugar pra 03 pessoas
Para os namorados não se tocarem
O pai da moça ficava no meio
Para as mãos dos 02 segurar.
Se o pai da moça dormisse
E ele passasse o pé pela mão
Pegasse na mão da moça
Era grande a punição
Amarrado na frente da igreja
Depois morto sem perdão.
O Senhor José Américo
Ainda hoje é lembrado
Foi o único areiense
A trazer uma faculdade
Escola Agrícola do Nordeste
Nome que foi lhe dado.
Tem uma sala de reunião
Cheia de fotografias
Dos areienses mais ilustres
Recebe o nome de galeria
Foi lá que Nelita tombou
Quase entrou numa fria.
Depois fomos almoçar
Onde a comida é natural
Carne de boi e frango
Foi o prato principal
Feijão, arroz e verdura
Só ingredientes original.
O almoço muito gostoso
Alguém comeu exagerado
Quando estavámos voltando
Acontecu o inesperado
Um rapaz começou vamitar
Estava de bucho lotado.
De frente ao restaurante
Tinha uma linda floresta
Descansamos o almoço
Para fazer nossa festa
Esperamos a pelo guia
Ele chegou na hora certa
Orientou todos nós
Como deviámos fazer
Para não pegar nas árvores
Não gritar nem correr
Por causa das abelhas
Podia vim nos morder.
Começamos fazer trilha
Naquela linda floresta
Tinha árvores de todo tipo
Foi uma grande festa
Tinha um rapaz se mijando
Ainda molhou a cueca.
Vamos deixar a floresta
Para falar de cachaça
Lá no Engenho Triunfo
Sua dona muito simpática
Acreditava muito no amor
Admirei muito sua raça.
Mulher boa de palestra
E de grande deplomacia
Contou toda sua história
Também da sua família
Se eu trabalhasse no engenho
Escutava ela todo os dias.
Falou dos professores
Falou do pai e da mãe
Falou dos seus filhos
Falou do seu patrimônio
Juntou-se com seu esposo
E foram em busca do sonho.
Maria Júlia contou
Como tudo começou
Me encheu de inspiração
Uma vontade me chegou
De escrever esse cordel
Para falar do seu amor.
Sonho de Maria Júlia
Foi pela força do amor
Ainda eram namorados
Seu noivo era trabalhador
Só pensava ter um engenho
Um dia seu sonho realizou.
Os anos foram passando
Até que Augusto recebeu
De erança uma fazenda
Que por 15 mil vendeu
Isso em 1994
Quando o fato aconteceu.
Comprou uma moenda
E um pequeno alambique
Não quis dinheiro emprestado
Tinha medo de trambique
Empregava a grana de Júlia
Mas corria um sério risco.
O Sr Fernando Valadares
Entendia muito de engenho
Convidado pra ensinar Antônio
Ele veio com muito empenho
Se não fosse este homem
Júlia ficava sem vintém.
A moenda do alambique
Tinha levado todo dinheiro
Gente de banco aparecia
Porém muito interesseros
Antônio tinha os pés no chão
Para seu sonho verdadeiro.
Antônio dizia a Júlia
Eu só quero trabalhar
Com nossa família
Para não me individar
Engarrafavam a noite toda
Sem verem a hora passar.
Júlia lecionava historia
No colégio Santa Rita
Era escrevente do fórum
Com orgulho ela cita
Sempre foi trabalhadora
Quem conhece acredita.
Júlia diz que a empresa
Já mais poderar quebrar
Os sonhos multiplicou
E não deve mais parar
Essa empresa tem história
Quem visita pode comprovar.
A empresa emprega
Muitos da população
E bota comida na mesa
Do povo da região
Que são peças fundamentais
Pela nossa produção.
Já falei de Maria Júlia
Com carinho e amor
Agora falo da minha turma
Alunos e professores
São gente maravilhosa
E muito batalhadores.
Gostei muito da viagem
Agradeço os professores
Keila, Cleia
e Lourdinha
Pra vocês
mando flores
Teca e Lucinha de Bururé
Vocês são dois amores.
A professora e amiga Nelita
Cheia de amor e simpatia
Querida professora Lena
Que me ensina filosofia
E o grande amigo Josinaldo
Meu professor de biologia.
Minha querida e amiga moça
É a primeira a lê esse cordel
O professor de E. física
Meu grande amigo Gabriel
A doce e amável Fernanda
E a linda professora Isabel.
Para a turma de Lerolândia
Deixo um grande abraço
Gostei do comportamento
Vocês foram um barato
Desculpam os que não falei
Ficou pra o próximo relato.
Não esqueçam de mim
Quando no próximo passeio
Se eu não for convidado
Não mando flores pra vocês
Se cometerem essa injustiça
O carro vai faltar freio.
Gostei muito do ônibus
Mais ou menos especial
Obrigado senhor motorista
Sua conduta foi genial
Deus ilumine suas viagens
Que nunca aconteça o mal.
Muito obrigado ao guia
Vocẽ foi muito bacana
Levou agente no engenho
Aonde faz cachaça de cana
Aquilo me fez lembrar
Quando morei na Santana.
Meu nome é Manoel
Ando com atenção
Nasci em Patrocínio
O lugar da minha paixão
Era muito bom e bonito
Lembro-me com emoção.
Revolvi sair deste lugar
Ir embora pra outra terra
Botei a bomba no saco
E fui pra outra guerra
Isso me deixou feliz
Ralei muito mas venci
O pai tarda mas não naga.
Outro lugar procurei
Livrei-me da enxada
Importante é ser feliz
Vivo na minha casa
Estou meio cansado
Isso não me faz bem
Ralei com niguém
Assim foi meu passado.